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Mudança histórica no Japão: Sanae Takaichi se torna a 1ª mulher a liderar o país

Conservadora e discípula de Shinzo Abe, Takaichi promete estímulos à economia e fortalecimento militar, mas mantém posições contrárias à agenda de igualdade de gênero

O Parlamento japonês elegeu nesta terça-feira (21/10) Sanae Takaichi, de 64 anos, como a nova primeira-ministra do país — a primeira mulher na história do Japão a assumir o cargo. A informação foi confirmada pela agência Associated Press (AP).

Takaichi foi escolhida após vencer, em 4 de outubro, a disputa pela liderança do Partido Liberal Democrata (PLD), legenda conservadora que governa o país quase de forma contínua desde a década de 1950. Na eleição interna, ela derrotou o ex-ministro do Meio Ambiente Shinjirō Koizumi por margem estreita — 54% a 46%. Com isso, sucede Shigeru Ishiba, que renunciou depois de duas derrotas eleitorais desastrosas.

Ex-ministra dos Assuntos Internos e da Segurança Econômica, Takaichi defende uma política fiscal expansionista para estimular a quarta maior economia do mundo. Segundo a AP, deve formar um gabinete com aliados do influente ex-vice-premiê Taro Aso e políticos que a apoiaram na disputa interna do PLD.

A nova primeira-ministra assume sob forte pressão para conter a inflação e apresentar, até o fim de dezembro, um pacote de estímulos capaz de responder ao descontentamento popular.

Perfil e posicionamento político

Considerada discípula do ex-premiê Shinzo Abe, assassinado em 2022, Takaichi tende a seguir sua linha política — reforço militar, crescimento econômico e revisão da Constituição pacifista do pós-guerra.

Apesar de representar um marco histórico para as mulheres no Japão, Takaichi se opõe a avanços nas pautas de igualdade de gênero, como:

  • o casamento entre pessoas do mesmo sexo;
  • a sucessão imperial feminina;
  • e o uso de sobrenomes diferentes por casais.

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