
Não é novidade para ninguém que a separação dos Beatles foi um tanto quanto complicada. Depois de muita tensão, John Lennnon, que estava frustrado com a sonoridade da banda há alguns anos, anunciou sua saída do grupo.
De acordo com Lennon, a segunda metade da década de 60 foi um divisor de águas uma vez que os quatro não estavam tão empolgados em trabalharem juntos, o que resultou, segundo ele, num dos piores trabalhos dos Beatles: o álbum “Let It Be”.
Em sua última entrevista antes de ser assassinado, na época em que ele e Paul McCartney já haviam se reconciliado, o músico se abriu com o escritor David Sheff sobre o processo criativo dos últimos discos.
[…] É uma tortura toda vez que produzimos alguma coisa. Os Beatles não têm nenhuma mágica que você não tenha. Sofremos como o inferno sempre que fazemos qualquer coisa, e temos que lutar um contra o outro. Imagine trabalhar com os Beatles… é difícil.”
Dada a aversão de John pela música dos Beatles, não é de se surpreender que ele tenha sido o primeiro a deixar o grupo.
Mesmo que houvesse uma tensão entre os membros da banda há um certo tempo, a saída de Lennon causou surpresa nos companheiros, especialmente em McCartney.
“Houve uma reunião e John entrou nela, e os outros Beatles e eu estávamos nesta sala e John entrou e disse: ‘Estou deixando os Beatles’… Ficamos pasmos”, disse Paul à NPR.