
Uma antiga declaração de Humberto Gessinger para a biografia Infinita Highway – Uma Carona Com Os Engenheiros do Hawaii (2016) e não publicada na edição final, gerou controvérsia nos últimos dias.
Na ocasião, o ex-líder do Engenheiros do Hawaii fez críticas a Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus, definindo-o como “velho” e como alguém que “chup@v# músicas de todo mundo.
Tudo isso voltou à tona porque o jornalista e youtuber Júlio Ettore, que obteve acesso aos materiais até então inéditos, divulgou a fala do Humberto. O registro foi transcrito pelo site Whiplash.
Perguntado sobre uma possível briga entre Marcelo Nova e o primeiro baixista do Engenheiros do Hawaii, Marcelo Pitz, Humberto disse não se lembrar de nada especificamente. Porém, aproveitou para falar a sua opinião a respeito do vocalista do Camisa de Vênus.
“O que acontecia com o Marcelo Nova: todo mundo sabia que ele era um velho que estava pegando aquela onda ali e ele chup@v# as músicas de todo mundo. Tinha aquela música do The Jam, ‘That’s Entertainment’, daí ele fazia ‘Só Pra Passatempo’, pô, chup@v# a letra e a música. Mas, ao mesmo tempo, ele ia pra imprensa e ‘cag#v% a goma’, tu é do meio, tu sabe: ‘tudo bem, deixa o cara’”, concluiu.
Eis que o jornalista baiano Pacheco Maia enviou ao Whiplash alguns comentários feitos por Marcelo Nova sobre as declarações de Humberto:
“Vamos aos fatos.
Primeiro me chamou a atenção a gratuidade das declarações do Humberto Gessinger.
Então lembrei do que meu pai sempre dizia:
– Não mexa com quem está quieto!
Logo lembrei da minha tia Nair, que durante o seu período pré-menstrual costumava enlouquecer na janela da sua casa, gritando e ofendendo qualquer um que por ali transitasse. Interessante também nunca ter pensado que um dia viria a fazer uma analogia entre minha tia chiliquenta e um cantor de pop rock.
Outra coisa curiosa nas declarações do Humberto, foi ele ter me chamado de velho, quando nessa época à qual ele se refere (anos 1980) eu era um cara de trinta e poucos anos e o fato dele ser mais jovem que eu, não estabelece um parâmetro entre quem é, e quem não é jovem.
Hoje, velho que estou com meus 71 anos, imagino que ele, agora um sexagenário, tenha dificuldades em aceitar a própria velhice, fato esse que provavelmente deve contribuir para a intensidade dos chiliques que o acometem e que o colocam na condição de apenas uma “véia chiliquenta…”
Quanto ao “plágio” por ele citado, da música “That’s Entertainment” qualquer pessoa que olhe a contracapa do vinil do primeiro disco do Camisa de Vênus verá que a canção do grupo inglês The Jam foi devidamente creditada.
E depois, alguém que compõe “O Papa é Pop”, deveria ter vergonha ao criticar qualquer canção gravada na música feita no Brasil”.